quarta-feira, 3 de outubro de 2012

ADEUS MEU AMOR

A musa de Richard Wagner me abandonou. Subiu em seu cavalo alado e voou. Latinos e germanicos não se entendem. Negros e caucasianos não vão formar um casal interracial. UGLY DUCKLING não termina com THE ENCHANTED PRINCESS. O monge (pecador) se retira para sua cela, enquanto a sociável pentecostal continua na recepção do grande templo do general pregador. Tudo como antes. COMO ERA NO PRINCIPIO, HOJE E SEMPRE. UM AAAAMÉÉÉÉÉÉÉÉÉM BEM GRANDE, COMO DIRIA O VELHO ZÉ.

domingo, 2 de setembro de 2012

TEM CERTEZA DE QUE DESEJA SAIR DESSA PAGINA?

Quando essa frase aparece, após ter clicado na opção fechar do navegador, muitas vezes gostaria que o programa que faz essa pergunta pudesse criar consciência e eu pudesse responder que “sim, gostaria muito de sair dessa página”.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Missionários!


"Aproximar as pessoas a Deus é a nossa missão"...

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                                           Mais uma pasta deletada.

                                           Mais um histórico apagado.

                                           Até quando, até quando?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ponto de Vista



Existem pessoas que vem ao mundo só para sofrer? Aparentemente sim.
Mas, que fique bem entendido: só aparentemente.
Um dia desses quase fui persuadido pela força desse engano. Aconteceu quando observei uma pessoa muito próxima a mim deitada no sofá de sua casa. Era uma senhora muito querida, mas que já passou por coisas que só uma verdadeira cristã poderia suportar e perdoar aqueles que a fizeram sofrer. Ela estava lá, deitadinha, enrolada num lençol, naquele sofá velho, magrinha como ela só. Sabedor de todos os sofrimentos pelos quais ela já havia passado comecei a conjecturar:
-Coitada, veio ao mundo só para sofrer. E um a um os problemas da mesma foram se enfileirando em meus devaneios. Como os amigos de Jó, indagava o motivo de tudo isso: qual o sentido de se sofrer assim? Havia alguma finalidade nisso?

Ainda tomado por esse estado mental, lembrei que uma vez um parente meu se dirigiu a mim com a seguinte frase: "você não viveu, passou pela vida" Detalhe: ainda não havia completado 30 anos! Era como eu só tivesse colecionado fracassos e nunca produzisse nada de concreto, de duradouro. Na hora eu repudiei aquela opinião a meu respeito. Eu não era só uma vítima passiva do destino, longe disso. Poderia não estar realizado financeiramente, que era o foco de seu diagnóstico, mas havia realizações na esfera do "espírito", no mundo do conhecimento, das boas amizades...

De repente, voltei ao planeta terra e me vi novamente naquela sala humilde, próximo aquela pessoa querida. Como um estalo, cheguei a uma conclusão: eu não estaria usando o mesmo princípio, as mesmas categorias para julgar a vida dessa pessoa? Não estaria focando só um aspecto de sua existência e desconsiderando outros? Não estaria usando uma "chave hermenêutica" inapropriada para interpretar uma vida humana, uma vivência?

Longe de ser uma desculpa para perdedores, essa visão é mais profunda e tende a ser mais acertada do que a anterior. Onde eu vejo sofrimento ela talvez veja abnegação, onde eu vejo pobreza ela pode ver simplicidade, onde eu vejo falta de perpectiva ela pode ver falta de ansiedade.

Temos de levar em consideração a vida interior do ser humano, perceber o ser antes do ter. Isso não implica em dizer que devamos parar de lutar por nossos objetivos (ideais) e não nos esforçar para melhorar a cada dia, materialmente inclusive. Todas essas coisas em si mesmo não são pecados. Mas não podemos fazer desses desejos legítimos o principal objetivo de nossas vidas. Não podemos fazer do dinheiro um ídolo de papel ou metal. E não devemos julgar quem assim não procede e taxá-los de preguiçosos, vítimas de si mesmos, covardes ou perdedores. Acredito, hoje, que existam pessoas muito felizes mesmo em meio à pobreza muito grande, ao passo que existem ricos que deixam verdadeiras fortunas no analista e após anos ainda são infelizes.

Talvez essa pessoa de quem estou falando seja a pessoa mais feliz do mundo, ou talvez não. Mas, quem pode saber? Quem pode medir um sentimento tão pessoal e tão subjetivo? Seja como for, não posso deixar de constatar que essa pessoa, apesar das vissitudes nunca perdeu a esperança, que é parente próximo da felicidade.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

NOVAMENTE AQUI


Pequei novamente. Por que só após o ato é que consigo sentir a beleza de uma vida santa diante de Deus? Por que não tive essa consciência, essa intuição antes de pecar? Por que só agora que colho os frutos amargos do pecado é que sinto vontade de me consagrar. Quando a compulsão me provocava não havia espaço para pensamentos puros, para ideais santos. O que povoava meu pensamento era o desejo de satisfazer a carne, de aliviar a tensão. Onde estava a mente de Cristo? Onde estava o “bramido da alma que como corsa suspira”?
Só agora a alma lembra do gozo do espírito? Só agora lembro que meu corpo é templo e morada do Espírito-Santo?
Tantas questões e tão pouco tempo. Sim, pois o que é a vida se não um sopro. Jesus a compara com uma flor delicada, frágil. O tempo de nossa vida é efêmero, curto demais se comparado com outras dimensões do universo. Fora essa limitação de nossa vida ainda há o agravante da falta de tempo. Vivemos correndo. Se somarmos tudo isso o que sobra é quase nada para servir ao Criador de nossas vidas. Mas insistimos em utilizar esse pouco tempo em deleites que desonram nossas vidas cristãs e que desrespeitam o Senhor.


domingo, 14 de fevereiro de 2010

O ESCRAVO


Adeus tempo de ingenuidade. Essa época demorou a passar mas finalmente se encerra em minha vida. Já não acalento mais ilusões em relação a minha vida nem em relação a humanidade. É o fim da era dos grandes ideais. As coisas agora devem ser mais práticas e utilitárias. Conheço meu lugar. Sei que as coisas poderiam até ser um pouco diferentes mas devido a minha herança aliada a minhas escolhas o resultado foi esse: um arremedo de intelectual, patético e ridículo diante da sociedade. Feio, pobre e preto. É só o que resta.


Essas palavras não são ditas com rancor. Sinceramente hoje posso pronunciá-las sem constrangimento. É o que sou, não poderia ser diferente, ou não? Dos três adjetivos acima só um poderia ser mudado: a pobreza. Mas como mudar se minha personalidade pusilâmine não permite. Se minha ociosidade, inconcientemente e eufemisticamente nomeada por mim de “personalidade contemplativa” se transformou em uma barreira intransponível para qualquer tipo de ascenção (social, econômica, espiritual). Me transformei em prisioneiro de mim mesmo, ou melhor, de minhas fraquezas, meus embaraços: Escravo.


Tenho muito medo. Mas apesar desse medo, continuarei aqui e verei onde essa história vai dar.